sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Teatrografia de J. Narbal

J. Narbal (José Narbal de Oliveira - Fortaleza, 1928-2011), ator, diretor e dramaturgo, estreia (em 1950) como autor do drama Cruz de Ferro. Ainda na década de cinquenta do século XX funda e dirige os grupos Conjunto Jangada (1950), Conjunto Teatral Paschoal Carlos Magno (1952), Teatro de Arte e Cultura (na Faculdade Católica de Filosofia, 1954), Teatro Jangada (agosto/1955), Teatro do Estudante do Ceará (1957) e Teatro do Estudante de Direito (na Universidade Federal do Ceará, 1959). 
Já formado em Filosofia, faz-se bacharel em Direito pela UFC (1964), defensor público (de 1984 a 1992) em Quixadá, onde assume a Secretaria de Educação e Cultura e cria nos anos 1980 o grupo Teatro-Escola. É procurador do DAER e diretor da Polícia Rodoviária deste órgão até meados da década 1970. 
De seus casamentos nascem os filhos Francisco, José, Antônio, Nárlia Gadelha de Oliveira, Kepler e Péricles. De 1992 a 2011, radica-se em Pacajus.
(texto e pesquisa de Ricardo Guilherme)

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Laura Santos: 97 anos

No princípio ela era o verbo, a fala das mocinhas casadoiras e das vilãs que nos anos de 1930 a 1950 semeava a imaginação dos ouvintes de novelas da pioneira Ceará Rádio Clube. Depois, fiat lux. Luz, câmera, ação e aquela voz fez-se corpo quando em novembro de 1960 se inaugura a televisão em Fortaleza e a veterana radioatriz da velha PRE-9 protagoniza na TV Ceará Canal 2 (com Emiliano Queirós/foto) a primeira telenovela cearense, Poeira Vermelha, escrita por Guilherme Neto. 

Nós e T.U: Alguma História

Em 2015 nosso Teatro Universitário completa 50 anos. Porém, a história das atividades teatrais da e na UFC tem bem mais de meio século. Em 1949, seis anos antes da instauração da Universidade, já existia na Faculdade de Direito um Teatro Universitário, grupo precursor do Modernismo no Teatro Cearense, sob a direção de Waldemar Garcia.

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Entrevista com Ricardo Guilherme por Suzy Élida Lins

Entrevista com Ricardo Guilherme, realizada em 28 de abril de 2013 por Suzy Élida Lins de Almeida como parte da pesquisa para sua tese Dialogismos e Processos de Autoformação em Teatro: o Elogio da Experiência, defendida no Doutorado em Educação Brasileira da Universidade Federal do Ceará, sob a orientação da Professora Doutora Ângela Linhares.

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Clóvis dos Clowns

Clóvis Pereira Matias (1913-1998), ator e diretor oriundo dos folguedos populares e do circo, mestre da comédia de costumes e das burletas, pioneiro dos programas de humor no rádio cearense, que de 1973 a 1989 atuou como porteiro do Teatro José de Alencar. Palhaço descolorido e desprovido de guizos, Clóvis no palco dispensava maquiagens, apliques e adereços, pois mesmo de rosto nu, apenas pela entonação, pela gesticulação e pelo domínio do ritmo de sua narrativa, fazia a platéia rir. Clóvis foi um dos últimos remanescentes de uma estirpe de mambembeiros, emblemático comediante cujo histrionismo é fonte inesgotável de reinvencão do teatro. Sobre sua vida e sua obra apresentei uma aula-espetáculo denominada Clóvis dos Clowns, no Teatro José de Alencar, em 17 de junho de 2011.


segunda-feira, 17 de agosto de 2015

É Proibido Proibir

No teatro, como também nas demais manifestações artísticas, houve toda uma geração que ao viver a transgressão e encarar a repressão antes e depois do dia 13 de dezembro de 1968 fez a hora e não esperou acontecer. Jovens de esquerda, com as suas diversificadas tendências, estabeleceram no palco, apesar do AI-5, a sintonia com a revolução que estava escrita desde maio nos muros de Paris: É Proibido Proibir. 

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Francisco e Marcus: Nós dois na Berlinda


Aqui estou eu. Eu sou eu. Mas esse eu não é apenas eu. Esse eu são dois. Esse eu somos nós dois na berlinda: Francisco e Marcus. Meu nome é Marcos Miranda mas meu nome não é Marcos Miranda. Meu nome é Marcos Viana mas meu nome não é Marcos Viana. Meu nome não é nem Marcos nem Viana. Meu nome é Francisco das Chagas Portela de Miranda. Mas já fui Marcos Viana e hoje – apesar de ser Francisco – sou também, sim, Marcos Miranda. Mas nasci Francisco das Chagas Portela de Miranda.

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Teatro Infantil Alguma história


Até meados do século XX não há no Brasil a estratégia de produção de espetáculos teatrais exclusivamente destinados ao público infantil pelo menos no sentido que hoje conhecemos, com temporadas regulares nos fins de semana. Nas décadas 1940 e 1950, com a consolidação editorial da obra de Monteiro Lobato (enredos que misturam história brasileira e universal, mitos e personagens ficcionais especialmente criados) e também com a criação (já nos anos 1960) de uma faixa de mercado da indústria fonográfica voltada para crianças (aparição dos disquinhos coloridos e “inquebráveis”, músicas de Braginha), começam a surgir peças infantis em sessões aos sábados e domingos. 

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

José Humberto

José Humberto em O Morro do Ouro,
peça de Eduardo Campos, 1963

José Humberto, pseudônimo de José Ferreira Cavalcante, minha maior referência de ator no Ceará, meu mestre sem nunca ter me dado aula, mas apenas o seu exemplo de interpretação em poemas gravados no disco O País dos Nordestinos (textos de Jáder de Carvalho) e em atuações no radioteatro da Ceará Rádio Clube e na dramaturgia da TV Ceará Canal 2 .

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Gasparina

trecho da peça de Ricardo Guilherme sobre a atriz Gasparina Germano, atualmente em processo de ensaios pelo Grupo Formosura de Teatro, sob direção de Graça Freitas.