Por iniciativa de B. de Paiva, o Teatro Universitário da Universidade Federal do Ceará surge em 1965 de uma reforma no antigo Teatro Santa Maria (então pertencente ao Ginásio Santa Maria), mantido de 1937 a 1963 por três irmãs da família Ferreira Lima.
Em 1964, a Universidade Federal do Ceará adquire o prédio (Avenida Visconde de Cauípe, atual Avenida da Universidade, 2210) e no ano seguinte o transforma em Teatro Universitário, anexo à sede do Curso de Arte Dramática (CAD), fundado em 1960.
Com projeto dos arquitetos Neudson Braga e Liberal de Castro, trabalho cenográfico de J. Figueiredo e Helder Ramos, orientação de iluminotécnica de Lamartine e Alico e decoração (máscaras) de J. Figueiredo e Breno Felício inaugura-se o Teatro Universitário a 26 de junho de 1965. Na estréia, a montagem de O Demônio Familiar, de José de Alencar, sob direção de B. de Paiva, com elenco integrado por Elizabeth Gurgel, Zilma Duarte, José Maria Lima, Walden Luiz, Maria Nilva, Adelaide Araújo, Edilson Soares e João Antônio Campos.
A partir de então o Teatro da UFC (também conhecido na década sessenta como Teatro de Bolso), sedia inúmeras temporadas não somente de encenações oriundas do CAD, mas também de grupos locais, nacionais e até estrangeiros.
Na história de sua arquitetura e do ponto de vista funcional há algumas reformas, três delas realizadas sob a gerência de B. de Paiva no período em que Edilson Soares coordena o Curso de Arte Dramática, órgão gestor do Teatro. A primeira, na gestão do Reitor Pedro Barroso, é assinalada pela estréia em 27 de dezembro de 1978 da peça Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna, na qual, sob a direção de Edilson Soares, atuam Ivany Gomes, Mauricio Estevão, Pedro Marcos Lima e Silva, José Carlos Oliveira, Celso Góes, Raimundo Nonato Lima, Ione Costa, Raimundo Ivan Moura, Teobaldo Nonato F. Lima, Sandra Wirtzbick, Deugiolino Lucas, Maria Alice Lima, Maria de Salete Rocha, Maria de Fátima Queirós, Maria Onésia Macedo, Francisco Roberto M. Lima, Jacinto de Matos Monteiro, José Maurício Nobre, Francisco de Abreu Dutra e Maria de Lourdes Nascimento.
A segunda reforma remonta ao reitorado de Paulo Elpídio de Menezes Neto, com ampliação do palco, redução da platéia, instalação de aparelhos de ar condicionado, criação de praça defronte e adoção do nome Teatro Universitário Paschoal Carlos Magno. Marca essa espécie de reinauguração do Teatro a estréia em 29 de agosto de 1980 de Cantochão Para Uma Esperança Demorada, texto e direção de B. de Paiva. No elenco, Gracinha Soares, Edilson Soares, João Falcão, Nadir Papi Sabóia, Zilma Duarte, Ricardo Guilherme, Lourdinha Martins, Dalva Stela, Valéria Albuquerque, Agostinho Reis, Betânia Montenegro, Nairo Gomez, Cacilda Vilela, Sandra Wirtzbick e Semiramis Acioly.
Em 2001, nova reforma, com a elevação e inclinação da platéia, bem como a destruição da praça fronteiriça para a instalação de bancos e palco do chamado Teatro ao Ar Livre Gracinha Soares. Estréia, então, neste ano em 05 de novembro, o espetáculo Cancioneiro de Lampião, de Nertan Macedo, direção de B. de Paiva e interpretação de Ivonilson Borges, Lourdinha Martins, Fernando Monte Cristo, Gorete Oliveira, Ródger Rogério, Edílson Soares, Manu Morais, Paulo Olivan, Antônio Sávio, Nando Mendes, Soraia Falcão e John White.
Na reforma de 2006 (início da gestão de Gil Brandão à frente do CAD) o Teatro Gracinha Soares deixa de ser ao ar livre e ocupa uma das salas do CAD (com capacidade para 60 espectadores). Há, conseqüentemente, a recriação da praça fronteiriça ao Teatro, inaugurada com performances de alunos e atores convidados. No palco, a 12 de dezembro, apresenta-se O Auto do Divino Nascimento, de José Mapurunga, com os atores formandos do CAD/2006: Liliana Brizeno, Mariana Timóteo, Shirley Diógenes, Thaís Dahas, Jander Mendes, Loreta Dialla, Antônio Leite, Paiva Filho, Marina Brizeno, Camila Cavalcante, Soares Júnior, João Olmay e Márcia Gabriely, dirigidos por Betânia Montenegro.
Em 2009/2010, mais uma reforma. Desta vez para, entre outras providências, ampliar o palco.
Com a aula-espetáculo No Ato, de Ricardo Guilherme, em 18 de fevereiro de 2010, começam não apenas as atividades da Licenciatura em Teatro da UFC, mas também as comemorações alusivas ao cinqüentenário de criação do Curso de Arte Dramática (1960-2010).
Agora em 2015, o Teatro Universitário completa 50 anos de fundação.
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