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Ricardo Guilherme com Lúcio Leon (2006) |
Tenho com O Casamento da Peraldiana, burleta de Carlos Câmara, alguns laços históricos. Representei a protagonista desta peça na montagem que dirigi em 1974
(contracenando no Passeio Público com os veteranos Clóvis Matias e José Majestic) e encenação de 2006, dirigida no Teatro Arena Aldeota por Haroldo Serra.
Em 1981, no Teatro Universitário, fui diretor da única versão do texto na qual a personagem é então feita por uma atriz (Socorro Moura). Em meados da década de 1970 os manuscritos de Carlos Câmara foram repassados a mim por sua filha (Marialice Câmara) e por decorrência de uma parceria de trabalho minha com Marcelo Costa deu-se a publicação da obra completa do comediógrafo, em 1979, pela Academia Cearense de Letras. Além disso - também na década de setenta do século XX, para constituir o acervo do Museu Cearense de Teatro (que foi Centro de Pesquisa em Teatro e hoje é o Doc. Teatro, da Universidade Federal do Ceará) - entrevistei integrantes do Grêmio Dramático Familiar, tais como Gracinha Padilha, (criadora do papel de Flor, a filha da Peraldiana, nas peças A Bailarina e O Casamento da Peraldiana, de 1919) , Diva Câmara (pianista e compositora do Grêmio, irmã de Carlos Câmara) e Augusto Guabiraba ( intérprete do Cel. Puxavante, na montagem original, de 1919).
(contracenando no Passeio Público com os veteranos Clóvis Matias e José Majestic) e encenação de 2006, dirigida no Teatro Arena Aldeota por Haroldo Serra.
Em 1981, no Teatro Universitário, fui diretor da única versão do texto na qual a personagem é então feita por uma atriz (Socorro Moura). Em meados da década de 1970 os manuscritos de Carlos Câmara foram repassados a mim por sua filha (Marialice Câmara) e por decorrência de uma parceria de trabalho minha com Marcelo Costa deu-se a publicação da obra completa do comediógrafo, em 1979, pela Academia Cearense de Letras. Além disso - também na década de setenta do século XX, para constituir o acervo do Museu Cearense de Teatro (que foi Centro de Pesquisa em Teatro e hoje é o Doc. Teatro, da Universidade Federal do Ceará) - entrevistei integrantes do Grêmio Dramático Familiar, tais como Gracinha Padilha, (criadora do papel de Flor, a filha da Peraldiana, nas peças A Bailarina e O Casamento da Peraldiana, de 1919) , Diva Câmara (pianista e compositora do Grêmio, irmã de Carlos Câmara) e Augusto Guabiraba ( intérprete do Cel. Puxavante, na montagem original, de 1919).
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Ricardo Guilherme com Clóvis Matias (1974) |
Peraldiana, persona tradicionalmente representada por um ator, transcende a circunscrição de uma determinada época, pois constitui um arquétipo, um protótipo cênico que nos remete à Catirina (do bumba-meu-boi), a velha ainda desejante, com vigor quase juvenil. Foi com essa consciência que compus a Peraldiana (em 1974 e 2006) buscando sempre aliar uma abordagem de pesquisador à reinvenção daquela vitalidade de eterna criança que há na atuação dos velhos mestres do teatro tradicional popular.
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